sábado, 4 de julho de 2009

Questionar nossa própria existência é uma árdua tarefa daqueles que, mesmo ante uma sociedade niilista e desencantada, persistem em uma compreensão ideológica da nossa realidade "de dentro para fora", ressaltando o caráter intimista e introspectivo do ser.
As pessoas encontram-se perdidas, em meio ao excesso de bagagem ideológica, filosófica e religiosa circulante na rede televisiva, nos jornais, nas emissoras de rádio e na própria conjuntura social. O que se nota é um crescente "desabrochar" de neuroses e síndromes cada vez mais abrangente e dificultosas de serem tratadas, o que, em alguns casos, põe em xeque conquistas que levaram um certo tempo para se concretizarem.
O homem, um ser holístico, complexo e evoluído, em comparação aos demais seres, tem assistido, diuturnamente, a sua "decrepitude", a sua queda moral, a sua redução enquanto ser.
Temos retroagido em direção aos tempos primitivos, aderindo hábitos impróprios e despindo-nos do pudor que ainda nos resta.
Despidos literalmente, ressaltando nosso lado animal, deixando sobressair,de maneira intensa nosso Id.
Como que num contexto de libertinagem, leviandade e banalização convergimos para uma prática progressiva de auto-destruição,de desvalorização da figura humana,de distanciamento de toda e qualquer regra pré-estabelecida que ressalta a coercitividade das instituições.
Esperar que a geração nascente resolva querelas tão patológicas é preocupante.Encontrar resoluções imediatas é algo impossível.Confiar no homem e esperar para que ele efetive tais celeumas é agir irracionalmente.Logo,depositar nossa confiança no místico,no divino,no sobrenatural,no abstrato,no espiritual é o caminho mais viável."Esperar naquele que guerreia nossa guerras,que por nós tudo executa e que trabalha em silêncio por nós,não levando em consideração nosso tempo de ignorância" torna o itinerário mais seguro.

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